28 de fev. de 2011

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25 de fev. de 2011

A Dinâmica da Vida da Igreja

Jesus prediz ser o Fundamento e quem edificaria Sua Igreja
Mt 16.18: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

A Igreja haveria de ser o centro da vida comunitária dos discípulos
Mt 18:17: “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”.

Obra, Extensão, Capacitação
Mt 28.18-20    Fazer discípulos = ganhar vidas para Cristo (At 14.20-23).
Obra: Fazer discípulos, batizá-los, ensiná-los a guardar os caminhos do Senhor.
Extensão: Todas as Nações.
Capacitação: presença conosco do Senhor Jesus, aquele a quem foi dada toda a autoridade no céu e na terra.
Mc 16.14-20:
Obra: Pregar o evangelho a toda criatura e batizar os que crerem.
Extensão: Todo o mundo.
Capacitação: a cooperação de Jesus através de sinais miraculosos que confirmam a palavra pregada.
Lc 24.46-49:
Obra: Pregar o arrependimento para remissão de pecados.
Extensão: Todas as nações, começando por Jerusalém.
Capacitação: revestimento de poder através do envio da promessa do Pai.

At 1.4-8:
Obra: Ser testemunha do Senhor Jesus.
Extensão: Jerusalém, Judéia, Samaria, confins da terra.
Capacitação: batismo no Espírito Santo.

A Igreja é Estabelecida
At 2.1-4, 15-18  Derramar do Espírito sobre toda a carne. É pra todos!
At 2.32-41    A Promessa do Espírito é por merecimento de Cristo, não nosso, mas é para todos.
1Co 12.13   “Pois em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo,  quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”.
É pelo Espírito que somos inseridos no Corpo. O significado do Pentecostes, além do revestimento do poder do Espírito Santo, é a nossa inclusão no Corpo de Cristo. Se penetrarmos no pleno propósito de Deus, veremos que, apesar de sermos salvos individualmente, Deus nos fez um só Corpo, e membros uns dos outros:
 “Assim também nós, conquanto muitos, somos um corpo em Cristo, e membros uns dos outros” (Rm 12.5).
Isso significa dizer que nada podemos fazer uns sem os outros, que necessitamos de todos os irmãos e irmãs; nada podemos fazer sem qualquer irmão e irmã; ninguém é dispensável; todos os membros são necessários.


O Modo de Vida da Igreja
At 2.42    Perseveravam em quatro pontos:
·               Doutrina dos Apóstolos: eram os ensinos que tinham ouvido do Senhor Jesus;
·               Comunhão: estavam juntos, cuidavam uns dos outros;
·               Partir do pão: comiam juntos, celebravam a Ceia do Senhor juntos;
·               Orações: oravam pelo avanço do evangelho e uns pelos outros (At 4.24-31, 12.5).
At 2.43     Em cada alma havia temor.
At 2.44-45    Havia comprometimento para com Deus e para com os irmãos;
At 2.46     Reuniam-se no Templo (publicamente) e nas casas;
At 2.47    Caíram na graça do povo. Portanto, tinham forte testemunho e grande influência sobre as pessoas e muitas eram salvas.
At 5.12-14   As pessoas não eram ganhas em reuniões públicas (no Templo).
At 5.42     Reuniam-se no Templo (Pórtico de Salomão) e nas casas;
At 6.1-7  O crescimento produziu mudanças nas estruturas de trabalho.
Esse texto também mostra que temos que priorizar nosso trabalho nas coisas focadas com nosso chamado. Servir as mesas, sem dúvida, era um trabalho importante e necessário, mas não era razoável que os apóstolos gastassem todo o seu tempo nesse trabalho, pois foram chamados para atuar no ministério da palavra e da oração.


A obra é para Todos
At 6.8-7.60    Estevão era apenas um dos irmãos da igreja em Jerusalém, mas fazia  prodígios e grandes sinais entre o povo. Foi perseguido e morto por sua fé em Cristo. No capítulo 7 de Atos ele faz um resumo maravilhoso de toda a Bíblia, o que mostra que ele tinha um grande conhecimento das Escrituras.
At 8.1-8    Aqueles que foram dispersos iam por toda a parte cumprindo a grande comissão de Cristo. Filipe era um desses irmãos, que deu origem à igreja em Samaria, pregando o evangelho e operando sinais.
At 8.14-15  Somente mais tarde é que os apóstolos foram para lá, para confirmar o trabalho iniciado por Filipe.  
At 11.19-24     Não foram os apóstolos que iniciaram a obra em Antioquia, mas uns irmãos  cíprios e cirenenses. Eles foram os primeiros a anunciar o evangelho a povos gentios e a mão do Senhor era com eles. Somente mais tarde a igreja em Jerusalém enviou Barnabé para consolidar o trabalho iniciado por eles. Temos que lembrar que foi desta igreja que Barnabé e Paulo, e depois Paulo e Silas, partiram para evangelizar a Ásia e a Europa, obra esta que deu origem a mais da metade do conteúdo no Novo Testamento. Que coisa tremenda foi iniciada por esses irmãos cíprios e cirenenses, de quem não sabemos nem o nome!

Reuniões Públicas e nas Casas
At 1.13,15, 2.1-2   A Igreja nasceu numa casa em Jerusalém. Já vimos alguns textos que mostram que a vida cotidiana da igreja em Jerusalém se dava nas casas, mas que os irmãos também se reuniam publicamente no Tempo, no Pórtico de Salomão. Porém, como seria nas igrejas gentílicas, para quem não havia o Tempo?
At 19.8-10       Os discípulos reuniam-se publicamente na Escola de Tirano.
At 20.7-12    Esse texto mostra os irmãos reunidos publicamente num lugar amplo, pois Êutico caiu do terceiro andar.
At 20.20     Publicamente e de casa em casa.
At 18.4-7    A igreja também se reunia nas casas.
Rm 16.3-5, 10, 14, 15     Várias igrejas nas casas.
1Co 16.19; Cl 4.15; Fl 1.2

Igrejas nascendo em Casas
Mt 10.1-2,7-13   Jesus mostra aos 12 a casa como base de operação da pregação do Evangelho   Quem nela é digno.
Lc 10.1-9  Jesus mostra aos 70 a casa como base de operação da pregação do Evangelho    Filho da paz.
At 10.1-5; 11.12-15 A igreja entre os gentios nasceu em uma casa.
                               Cornélio era um homem  piedoso e temente a Deus, com toda sua casa.
At 16.13-15,40    A igreja em Filipos começou na casa de Lídia. Lídia era uma mulher temente a Deus.

Vantagens da Igreja nas Casas
·         Facilita a evangelização de parentes, amigos e vizinhos;
·         Abre espaço para todos trabalharem, sem necessidade de preparação acadêmica;
·         Evidencia a necessidade da operação dos dons ministeriais, dados pelo Senhor Jesus para equipar os santos para desempenharem seu serviço;
·         Permite uma verdadeira comunhão e integração dos irmãos;
·         Contempla um ambiente apropriado para a instrução, o aconselhamento, a correção fraternal, elementos essenciais para a formação de novos discípulos;
·         Faz com que os discípulos, desde o início de sua vida cristã, tenham a oportunidade de servir os irmãos e de se envolverem com a obra evangelizadora;
·         Faz a obra de Deus atingir todos os cantos da cidade;
·         Não deve reproduzir os encontros públicos da igreja, mas ser um ambiente informal onde a vida de Cristo é compartilhada.


Visão Esquemática da Dinâmica da Vida da Igreja
 


Dons, Ministérios, Operações
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1Co 12.4-6).

·         Dons (Charisma ) = dádivas da graça (Charis) divina;

·         Ministérios (Diakonia ) = serviços;

·         Operações (Energema ) = realizações através do poder de Deus.


As Operações do Espírito Santo
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas” (1Co 12.7-10).
 
Esse texto, em continuidade ao verso 6, parece referir-se ao “Energema de Deus”, ou seja, às operações de Deus na vida de todos os discípulos de Jesus Cristo, experimentadas à medida que se submetem à direção do Espírito Santo e uns aos outros, em amor. O verso 11 diz:
“Mas um só e o mesmo Espírito opera (energeo) todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.
A principal característica dessa manifestação do Espírito é que ela pode ser dada a qualquer membro do Corpo de Cristo (1Co 12.7,11; 14.26,31; Mc 16.17-18). Esse fato deve nos motivar a nos colocarmos à disposição do Senhor para sermos usados por Ele para o que for útil.  É no contexto desses dons de operação do Espírito Santo que Paulo nos encoraja a buscar os dons mais excelentes (1Co 12.31) e os melhores dons são aqueles que buscam o interesse do próximo (1Co 14.1-5).

Dons de Capacitação Pessoal
Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é serviço, seja em servir; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que contribui, faça-o com liberalidade; o que preside, com diligência; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12.4-8).
Tanto esse texto, como 1Co 12.12-27 e Ef 4.16, mostram a igreja como o Corpo de Cristo, formado por muitos membros, cada um com uma função específica e que devem funcionar bem e em harmonia. Somos membros de Cristo e também uns dos outros (1Co 6.15, Rm 12.5). É a graça de Deus, concedida particularmente a cada um nós como um dom específico (Rm 12.6 e Ef 4.7).
“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1Co 15.10)
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”  (1Pe 4.10)
“E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens” (Ef 4-8).
A palavra graça (charis) e a palavra dom (charisma) vêm da raiz char, que significa “alegria”. Portanto, a motivação e a alegria que manifestamos quando atuamos em alguma área na igreja são um bom indicativo do dom pessoal que recebemos do Senhor. É por essa razão que os dons citados em Rm 12.4-8 são também chamados de “dons motivadores”.



Os dons ministeriais

 “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.11-13).
Nem todos receberão os dons ministeriais, mas sua finalidade é atingir a todos. A palavra "aperfeiçoamento" neste versículo é traduzida do termo original grego katartismos, que significa "capacitação, equipamento". Em outras palavras, poderíamos descrever o propósito dos dons ministeriais da seguinte forma:


“preparar o povo de Deus para que trabalhem harmoniosamente juntos, a fim de que o Corpo de Cristo seja edificado”.





Portanto, Cristo dá os dons ministeriais a certos discípulos, não para capacitá-los a fazerem a obra de Deus por si próprios, mas para prepararem o Corpo de Cristo para realizá-la na face da Terra. Esse é o trabalho principal que os pastores devem ter em mente.
Quando falamos em dons, podemos nos referir a talentos (Mt 25.14-30). Todo membro do Corpo, tendo recebido um dom grande ou um dom pequeno, seja este de cinco, dois ou de um talento, deve entregar tudo o que tem para servir.
Em geral, não encontramos problemas com aqueles que têm cinco ou dois talentos, mas com aqueles que têm apenas um talento. A dificuldade com os que têm um talento é a tendência de enterrá-los, e esse é um problema sério para a igreja. Por outro lado, somente quando os de um talento manifestarem seus talentos é que poderemos ver a edificação do corpo em sua plenitude.
Isso mostra que o mais importante no trabalho dos que estão à frente da obra de Deus não é o seu próprio trabalho, mas o quanto estão fazendo para que os que têm apenas um talento se levantem para trabalhar e servir. Dessa forma, é o Corpo que estará agindo e não apenas alguns membros substituindo a atividade do Corpo.
Como pastores, temos o costume natural de usarmos apenas os irmãos de cinco e dois talentos porque não dão muito trabalho, tem habilidades e fazem as coisas bem feitas. Os de um talento são muito mais difíceis de se lidar e antes de falarem duas frases já se enterram novamente, ou algum aspecto da sua carne se manifesta. Parece que a carne e o único talento sempre estão juntos! Temos que aprende a tratar da carne, sem enterrar o talento do irmão.
Outra coisa que precisamos saber é que os irmãos não desenvolvem seu serviço e ministério simplesmente porque lhes admoestamos para que trabalhem. É preciso dar a eles uma estrutura adequada. Ninguém trabalha só porque o mandam trabalhar. Muitas vezes, nossas estruturas de trabalho não cooperam para o trabalho dos que possuem 1 talento. Por exemplo, se o trabalho nas casas consiste apenas de reuniões onde alguém dirige o louvor, outro fala e os demais participam passivamente, estaremos colaborando para enterrar os talentos de muitos irmãos. Nosso foco de trabalho, mesmo nas casas, não pode visar reuniões, mas, sim, pessoas. Somos chamados a velar pelas almas, não para dirigir reuniões. Embora tenhamos muitas reuniões, nosso foco de trabalho deve visar cada pessoa, individualmente.
Necessitamos uma revisão corajosa dos nossos métodos e buscar de Deus criatividade e graça para que nosso trabalho seja mais efetivo em trazer para os irmãos o equipamento necessário para que cada um desempenhe seu serviço a Deus.
Uma parte desse equipamento é que cada um esteja bem vinculado, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta. Juntas falam de relacionamentos fortes, de cuidado pessoal, de companheirismo. Quando dois ou três irmãos começam a caminhar juntos, evangelizar juntos, fazer discípulos juntos, podemos ficar tranqüilos que irão “deslanchar” na obra de Deus.

Fatores que Produzem a “Casta Sacerdotal”
  1. Reunionismo: acúmulo de reuniões desenvolvem ministérios de poucos;
  2. Templismo: se for em grandes salões, é ainda pior;
  3. Pulpitocentrismo: o povo ouve um sermão e vai embora;
  4. Títulos: Pr, Dr, Missionário, Bispo, Apóstolo, ...
  5. Expressões Espúrias: “ungido do Senhor”, “grande servo de Deus”, “levitas”, “leigos”, ...


Ministério dos Santos

a)     MINISTÉRIOS COMUNS A TODOS OS SANTOS

  1. Temos todos uma comissão dada por Cristo e não devemos perder o foco dela
·         Em Mateus 28.18-20  : fazer discípulos (ganhar vidas para Cristo), batizá-los, ensiná-los a caminhar nosso caminhos do senhor;
·         Em Marcos Mc 16.14-20: pregar o evangelho a toda criatura e batizá-los;
·         Em Lucas 24.46-49: pregar o arrependimento para remissão de pecados
·         Em Atos 1.4--8: pregar o arrependimento para remissão de pecados.
Atos 20.24: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério  que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”
  1. Servir a todos, seguindo o exemplo de Jesus

Mateus 20.28: “... tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido , mas para servir  e dar a sua vida em resgate por muitos”.
Lucas 22.25-27:  “Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores”. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve ? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve”.
João 13.14-15:  “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.


b)    MINISTÉRIOS ESPECÍFICOS

1 Pedro 4.10- 11:  “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.  “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve , faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas”, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
Rom 12.4-8:  “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros. Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
Colossenses 4.17:  “Também dizei a Arquipo: atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para o cumprires”.
2 Timóteo 4.5:  “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério”.
2 Coríntios 6.3:  “não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado”.


Edificando a Casa de Deus
Atos 9.31:  “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número”.
1Co 14.1-5, 12, 26 – Operar nos dons edifica.
1Co 8.1 – O amor edifica 1Co 13
Rm 14.15-19; 15.1-3 – Considerar os irmãos mais fracos edifica.
Ef 4.29 – Palavras boas edificam.
Rm 14.19:  “Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros”.
Jd 1.20 – Agir por fé e oração no espírito edifica.
1Co 10.23 – Nem todas as coisas edificam.
1 Co 3.10-14 – Veja cada um como edifica.




Perguntas para Discussão em Grupo

1.       Comparando Mt 28.19 e At 14.21, o que você entende por “fazer discípulos”? Para quem é esse comissionamento?
2.     O que a descida do Espírito Santo capacitou a cada discípulo para realizar sua missão externa? E para realizar sua missão interna na Igreja?
3.     Quais os pilares da vida comunitária dos discípulos encontrados no Capítulo 2 de Atos? O que isso tem a ver com a vida do “Corpo de Cristo”?
4.     Explique o significado de “juntas e ligamentos” em Cl 2.19 e Ef 4.16. Como isso se relaciona a sujeição e vínculos fortes entre os irmãos?
5.     Podemos caminhar sozinhos como cristãos? O que significa não caminhar sozinhos?
6.     Que ministérios (serviços) são comuns a todos os santos? E quais são particulares a cada um?
7.     A igreja nas casas é um modismo atual, ou um ensino bíblico?
8.     Que valores você pode atribuir aos encontros públicos da Igreja? E nos encontros nas casas?



22 de fev. de 2011

Presbíteros e Diáconos

Bispos e Diáconos

“Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos” (Fl 1.1).


Nesse texto, escrevendo aos irmãos de Filipos, Paulo e Timóteo referem-se explicitamente a dois tipos de encargos na igreja: bispos e diáconos.

Bispo = Presbítero

“De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: ... ” (At 20.17-18a).

“Olhai, pois por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.17).

Aqui fica claro que os bispos são os presbíteros da igreja e que seu trabalho é o de pastorear o rebanho de Deus. Daí, podemos afirmar:
Bispo = Presbítero
·              Presbítero = Ancião refere-se à qualificação de maturidade da pessoa;
·              Bispo = Supervisor refere-se ao encargo dado pelo Espírito Santo de olhar por todo o rebanho. No texto acima, a palavra grega para “constituir” tem o sentido de “dar o encargo de”, “comissionar para”.
·              Pastorear refere-se ao trabalho que realiza o presbítero em seu encargo de supervisão. Pastorear significa alimentar, cuidar e conduzir o rebanho de Deus.

Presbítero e seu Significado

·              No Sentido Amplo: a palavra presbítero a tradução direta da palavra grega presbuteros, que significa ancião, pessoa mais idosa, mais madura, mais experiente. Neste sentido amplo há muitos presbíteros na igreja, aqueles irmãos que já são pais espirituais (1Jo 2.13-14) e que tem alcançado maturidade no Senhor. Porém, não é a todo irmão maduro que o Espírito Santo comissiona para a tarefa de supervisão da igreja.
·              No Sentido Restrito: além da pessoa ser madura e experiente, o presbítero no sentido restrito recebe o comissionamento do Espírito Santo para a tarefa de supervisão da igreja e apascentamento do rebanho de Deus. Pedro assim se refere aos presbíteros:
“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho”  (1Pe 5.1-3).


Qualificações dos Presbíteros

Para que possa ser modelo do rebanho, há outras qualificações que são exigidas para o presbítero da igreja. ATimóteo, Paulo escreve:
“Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.      É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo” (1Tm 3.1-7).
A Tito, escreve:
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem”  (Ti 1.5-8).
A partir desses textos podemos montar o seguinte quadro:
Qualificações Morais
Qualificações Domésticas
Qualificações Espirituais
Irrepreensível
Marido de uma só mulher
Apto para ensinar
Temperante
Hospitaleiro
Não neófito
Sóbrio
Que governe bem sua casa
Despenseiro de Deus
Moderado = modesto
Com filhos em sujeição
Justo
Não dado ao vinho

Piedoso
Não violento

Santo
Não dado a contendas

Apegado à palavra fiel
Não avarento

Com autoridade para exortar
Com bom testemunho


Não arrogante


Não cobiçoso de lucro




Ordenação de Presbíteros

Em Ti 1.5, a palavra “constituir” significa “estabelecer”, “ordenar”. Muito embora seja o Espírito Santo que comissiona o presbítero (At 20.28), o texto acima se refere a uma ordenação humana. Podemos ver situação semelhante em outras lugares nas Escrituras, como em Mt 16.18 e Ef 4.11-12. No primeiro texto, Jesus diz que Ele mesmo edificará Sua igreja; o segundo afirma que: 
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.
Ou seja, é Cristo quem edifica a igreja, mas através de homens a quem ele capacita. Da mesma forma, o encargo dado pelo Espírito Santo para o episcopado é ordenado através dos santos. Esses fatos mostram claramente porque a igreja é chamada de Corpo de Cristo. Ele tem nos feito Sua boca, Suas mãos e Seus Pés.
O estabelecimento de presbíteros também é visto em At 14.21-23, onde nos deparamos com alguns detalhes do procedimento dessa ordenação:
“E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus. E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido”.
Nesse texto, a palavra grega correspondente á “eleição” significa “escolher pelo ato de erguer a mão”. Isso parece indicar o “amém” por parte da igreja, manifestado através do levantar das mãos, para a indicação feita pelos apóstolos dos novos presbíteros. Dessa forma, a ordenação de presbíteros, de fato, constitui um reconhecimento por parte da igreja da obra que o Espírito Santo já estava operando na vida desses irmãos.

Presbíteros em Israel

O conceito do presbítero, ou ancião, origina-se no Antigo Testamento, onde aparecem inúmeras vezes. Como exemplos, vejam-se os textos: Ex 3.16, Ex 17.15, Ex 24.1,        Js 24.1, 1Sm 4.3, Sl 107.32. A função principal desses presbíteros era a de serem conselheiros e juízes.
No Novo Testamento, essa espécie de anciãos também aparece: Mt 16.21, Mt 21.23, Mt 27.1, Mt 27.20, At 4.5, At 24.1. Interessante o fato que, vivendo na mesma época, podemos ver os anciãos da igreja em Jerusalém, estes, porém, constituídos pelo Espírito Santo: At 15.2,4,6,22,23.

A Responsabilidade dos Presbíteros

Deus não designa anciãos para fazer a obra por seus irmãos. Compete a cada homem salvo servir ao Senhor segundo sua capacidade e em sua própria esfera. O termo “bispo” significa supervisor e um supervisor não é aquele que trabalha em lugar dos outros, mas aquele que supervisiona outros enquanto trabalham. Jamais esteve na mente de Deus que os crentes se dedicassem somente aos negócios desta vida e deixassem os trabalhos da igreja para um grupo de especialistas espirituais. Os presbíteros não constituem um grupo de homens contratados para fazer o trabalho da igreja em lugar de seus membros. Eles são apenas aqueles que supervisionam o trabalho. Compete-lhes estimular os que ficam para trás, frear os precipitados, jamais fazendo a obra em lugar deles, mas simplesmente orientando sua execução.
Os presbíteros são ordenados por Deus para liderar, instruir e pastorear a igreja. Pregação da Palavra e ensino fazem parte do seu trabalho pastoral de alimentar o rebanho.
 “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e no ensino”  (1Tm 5.17).
A palavra grega para “governar” no texto acima significa “estar à frente”, “presidir”, “superintender”.
“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho”  (1Pe 5.2-3).
Pedro exorta que o trabalho de pastoreamento dos presbíteros não seja feito por obrigação, mas, voluntariamente; não com intenção de obter algum tipo de lucro pessoal (de dinheiro ou poder), mas, prontamente, de boa vontade; não com dominação, mas, estando à frente para servirem de modelos a serem seguidos voluntariamente pelo rebanho.
“Olhai, pois por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.17).
Uma melhor tradução para a palavra “sobre”  no versículo acima seria “entre”,           “no meio de”. Não devemos visualizar uma estrutura hierárquica de poder no trabalho dos presbíteros na igreja. Eles não estão sobre o rebanho, mas no meio do rebanho, diante do rebanho, à frente do rebanho. Sob um ponto de vista hierárquico, podemos até dizer que estão abaixo do rebanho, para servi-lo.
“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal”  (Mt 20.25-26).
Em vez de se tornarem senhores, Jesus disse aos seus discípulos para se tornarem servos uns dos outros, e que o maior é aquele que é servo de todos. Através dessas palavras Jesus indica que um sistema de governo completamente diferente daquele empregado no mundo deve prevalecer entre cristãos.  A autoridade entre cristãos não vem da mesma fonte de autoridade do mundo, nem é para ser exercida da mesma maneira que aquela. A visão de autoridade do mundo coloca homens sobre outros homens, como uma estrutura de comando militar, uma estrutura hierárquica executiva empresarial, ou um sistema governamental. Porém, Jesus afirmou que não deve ser assim entre nós. Os cristãos são irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai e membros uns dos outros.
“... pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? (1Tm 3.5).
Esse último verso, situado no contexto das qualificações que devem ser encontradas nos presbíteros, toca no trabalho de servo a ser feito por eles no cuidado da igreja. Esse verbo, “cuidar”, aparece apenas mais uma vez no Novo Testamento, na passagem do “bom samaritano”. Quando o samaritano viu aquele homem todo machucado qual foi sua atitude?
“E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele” (Lc 10.34).
Aqui está o exemplo de alguém que realizou a tarefa voluntariamente, prontamente e sem intenção de obter lucro, pelo contrário, com perda pessoal. Ele teve que entrar literalmente “por baixo” para carregar aquele homem até seu animal. Provavelmente ele teve que ir a pé até a estalagem, enquanto o homem era carregado pelo animal e ainda teve que pagar pelos gastos de sua hospedagem, Esse é o coração de pastor que o Senhor requer de cada presbítero no cuidado da igreja. A verdadeira autoridade dos presbíteros e outros líderes na igreja, então, é aquela resultante do respeito gerado através do exemplo amoroso e cheio de Deus que apresentam.
 “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”  (Hb 13.17).
A palavra “guias” neste texto significa “aqueles que vão à frente”, “aqueles que conduzem”, “líderes”, sendo um termo mais abrangente do que presbíteros. Envolve todos aqueles que cuidam de vidas, logicamente incluindo os presbíteros. Algumas vezes essa palavra é traduzida como “pastores”, mas não é assim no grego, muito embora tenha esse sentido. Esse versículo mostra que, juntamente com o trabalho de liderar está o trabalho de cuidar de vidas, ou de almas. Aqui precisamos entender uma coisa. Quando nos convertemos a Cristo, a obra em nosso Espírito já está completa pelo novo nascimento. Porém, para nossa alma, é nesse momento que começa um longo caminho de renovação, tratamento e cura. Pode-se dizer que cuidar de vidas é o maior trabalho, e o mais difícil, para aqueles que Deus chama para estar a frente de seu povo.
Muito embora a responsabilidade dos presbíteros envolva liderança, devemos nos lembrar que uma igreja bíblica não se constitui de um grupo de irmãos ativos e um grupo de irmãos passivos, aqueles controlando estes e estes, simplesmente, submetendo-se ao controle daqueles.
“pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros” (1Co 12.25).
A mutualidade deve ser a principal característica do corpo de Cristo. Se os presbíteros perdem isso de vista, então sua liderança se transformará em dominação. Temos que lembrar que os presbíteros não são a cabeça, mas, sim, Cristo,
“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.15-16).
A tarefa dos presbíteros não é a de conduzir a igreja por si mesmos, mas determinar como o Senhor, no meio deles, deseja conduzir Sua igreja. Portanto, a autoridade suprema, até mesmo em assuntos práticos, é do Senhor e de ninguém mais.
A Pluralidade de Presbíteros

Nas Escrituras vemos sempre mais de um presbítero na igreja local. Colocar a responsabilidade nas mãos de diversos irmãos, ao invés de nas mãos de um só indivíduo, é a forma que Deus providenciou para resguardar a igreja de cair na dominação de uma personalidade forte. Na pluralidade de presbíteros, eles aprenderão a dependerem uns dos outros, a se submeterem uns aos outros, e a buscarem a vontade de Deus através da unanimidade de entendimento. No livro de Atos vemos que os presbíteros buscavam a mente do Espírito, e quando ficava claro para eles, agiam com unidade de pensamento e propósito:
“Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo ...” (At 15.28).
A autoridade, então, não era a autoridade de homens, mas de Deus, e foi expressa não através de homens agindo como indivíduos, mas através do acordo coletivo unânime de homens que tinham sido ordenados pelo Espírito Santo.
Os Presbíteros e a Igreja

Vemos nas Escrituras várias recomendações de Deus à igreja relativas aos seus líderes:
“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e no ensino, pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”  (1Tm 5.17-18).
Aqueles que se dedicam em alimentar o rebanho com a Palavra de Deus devem ser dignos de dupla honra. Fica claro pelo texto que a igreja deve prover para o sustento dos irmãos na realização do seu trabalho.
“Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam”    (1Tm 5.19-20).
Como parte da honra, deve haver confiança, de modo que não sejam acatadas acusações infundadas contra eles. Porém, aos que se desviam, que é o sentido do texto, deve haver repreensão pública para cair temor na congregação.
 “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra” (1Te 5.12-13).
Aqui também a tradução “presidir sobre vós” pode dar uma idéia errada de domínio. Uma tradução melhor seria “que vos lideram no Senhor”. A recomendação é para os irmãos prestarem atenção naqueles que trabalham e conduzem o rebanho, e para considerá-los com o maior amor possível, por causa do trabalho que fazem.
 “Lembrai-vos dos vossos guias, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hb 13.7).
A recomendação aqui é para termos em mente a maneira de viver daqueles que nos lideram no Senhor e para os termos como modelos a serem seguidos e imitados.
 Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”  (Hb 13.17).
Nesse texto a palavra “obedecer” significa “deixar-se persuadir”. A recomendação é para que nos deixemos ser liderados, para termos uma atitude de submissão, não de resistência, para facilitarmos o trabalho difícil de velar pelas almas dos irmãos.
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor  (Tg 5.14). 
Esse versículo mostra a forma como Deus age no meio do seu povo. Muito embora o poder de cura seja dado a todo discípulo (Mc 16.17-18), a bênção de Deus se derrama de modo especial para os que reconhecem a autoridade de Deus na vida dos presbíteros que ele ordena.

A palavra Pastor

A palavra “pastor” se origina no Antigo Testamento, onde aparece inúmeras vezes, tendo alguns significados:
·              Pastores no campo. Por exemplo, Gn 4.2.
·              Deus. Por exemplo, Sl 23.1.
·              O Messias. Por exemplo, Is 40.10-11.
·              Reis e Sacerdotes de Israel. Por exemplo, Ez 34.2.
No Novo Testamento, essa palavra aparece 17 vezes, sendo:
·              9 vezes como pastores no campo. Por exemplo, Lc 2.8.
·              7 vezes referindo-se a Jesus. Por exemplo:
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas(Jo 10.11).
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor (Jo 10.16).
·              1 vez como dom ministerial em Ef 4.11:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” .
Interessante o fato em que, com exceção deste último versículo, todos os outros textos usam o termo pastor apenas no sentido figurado, metaforicamente. Nenhum rei de ou sacerdote de Israel foi chamado explicitamente de pastor e, das 17 vezes em que o termo pastor é usado no Novo Testamento, apenas uma vez se refere à pessoa humana, mas, mesmo assim, referindo-se a um dom de serviço, não a um ofício. A não ser o próprio Senhor Jesus, não encontramos nas Escrituras ninguém sendo chamado de pastor, como tão comumente vemos hoje em dia no chamado mundo evangélico. Quão afastados estamos da linguagem bíblica!
Em relação à palavra “apascentar”, ela aparece 11 vezes no Novo Testamento:
·              2 vezes referindo-se ao trabalho no campo (Lc 17.7, 1Co 9.7).
·              5 vezes referindo-se a Jesus. Por exemplo, Mt 2.6.
·              4 vezes referindo-se ao trabalho dos líderes da igreja:
“Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas” (Jo 21.16).
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.28). 
“... pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade”  (1 Pe 5.2). 
“Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas” (Jd 1.12).

Diáconos

·              No Sentido Amplo:
A palavra “diácono” é a tradução direta da palavra grega diakonos, que significa “servo” ou “ministro”. Esta palavra, no seu sentido amplo, é usada no Novo Testamento de diversas maneiras. Exemplos:
“Então, ordenou o rei aos seus servos (diáconos): Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt22.13).
“E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo (diácono) de todos”  (Mc 9.35).
“Pois quem é Paulo e quem é Apolo, senão ministros (diáconos) pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?  (1Co 3.5). 
“... o qual nos habilitou para sermos ministros (diáconos) de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. (2Co 3.6).
No sentido amplo, Deus deseja que todos nós sejamos diáconos, ou seja, servos uns dos outros e ministros da nova aliança.
·              No Sentido Restrito:
O diácono, no contexto apresentado em 1Tm 3.8-13, ganha um encargo especial no serviço dos santos:
“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.
Embora não citado explicitamente, podemos entender que em At 6.1-6 foram ordenados os primeiros diáconos. Por causa do crescimento da igreja havia muitos aspectos materiais que precisavam ser administrados. Os apóstolos perceberam que precisariam indicar outros irmãos para cuidar da distribuição diária de alimentos que era feita. Sete homens foram escolhidos para esse serviço. Eles assumiram essa responsabilidade pela imposição de mãos dos apóstolos, para que estes pudessem se dedicar à oração e ao ministério da palavra. Esse texto revela, então, o objetivo da ordenação de diáconos na igreja local, que é o de servir os santos em suas necessidades físicas e materiais, e também a forma de ordená-los.

Diaconisas

1Tm 3.11, no contexto dos diáconos, parece referir-se às mulheres como diaconisas. Alguns pensam que esse versículo refere-se às esposas dos diáconos, mas isso parece improvável, não somente porque o texto não faz exigências a respeito das esposas dos presbíteros, como devido à seqüência dos versículos 11 e 12:
11  “”Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.
12  O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa”.
Além disso, em Rm 16.1-2, há indicativo de Febe como um exemplo de diaconisa. Uma melhor tradução desse texto seria:
“Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual é diaconisa da igreja que está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo”.

Qualificações dos Diáconos

A partir de 1Tm 3.8-13 e At 6.3, podemos definir as seguintes qualificações para uma pessoa ser ordenada diácono:
Qualificações Morais
Qualificações Domésticas
Qualificações Espirituais
Respeitáveis
Marido de uma só mulher
Provados
De uma só palavra
Que governe bem seus filhos
Fiéis
Não inclinados a vinho
Que governe bem sua casa
Consciência Limpa
Não cobiçoso de lucro

Cheios do Espírito Santo
Irrepreensíveis

Cheios de Sabedoria
Não maldizentes


Boa reputação




Cooperadores

Além dos presbíteros e diáconos, as Escrituras nos exortam que reconheçamos e nos sujeitemos a todos aqueles que auxiliam na obra e trabalham:
Agora, vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia e que se tem dedicado ao serviço dos santos), que também vos sujeiteis aos tais e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha  (1Co 16.16).